Tem coisas que não precisam mais ser provadas, só reconhecidas. E uma delas é o peso cultural que Belo Horizonte carrega quando o assunto é heavy metal. A cidade é berço de bandas que não só moldaram a cena nacional, mas também levaram o nome do Brasil mundo afora com riffs pesados e atitude de sobra.
Agora, com o Projeto de Lei 144/2025, apresentado pela vereadora Dra. Michelly Siqueira (PRD), o metal entra oficialmente na pauta legislativa da capital mineira. A proposta? Criar o Dia do Heavy Metal, a ser comemorado em 1º de novembro.
E olha, não há dúvidas de que esse reconhecimento é mais do que justo — é necessário. O Sepultura, por exemplo, dispensa apresentações. Formado lá nos anos 80, ele ultrapassou fronteiras e influenciou bandas como Slipknot e Korn, abrindo caminho para toda uma geração de artistas. Além deles, BH também viu nascer nomes como Overdose, Eminence e tantos outros que construíram uma cena sólida, potente e respeitada.
Mas aí vem a pergunta que não quer calar: por que 1º de novembro? Até o momento, a justificativa da escolha da data não foi divulgada. E quem conhece a história do metal mineiro pode até estranhar essa decisão.
Se for pra marcar o calendário com um dia de peso, por que não dezembro, mês em que, em 1985, a lendária Cogumelo Records lançou o icônico split “Bestial Devastation / Século XX”, unindo Sepultura e Overdose num lançamento que mudou o rumo do metal nacional? A Cogumelo, inclusive, já foi reconhecida pela própria prefeitura com apoio cultural. Nada mais simbólico, né?
No fim das contas, o importante é que o metal está sendo lembrado. E isso já é uma vitória — especialmente num país onde tantas manifestações culturais são negligenciadas. Se a data ainda pode ser discutida, o espírito da homenagem já diz muito: BH tem história, tem som pesado e merece ser celebrada.
Que venha o Dia do Metal. Seja em novembro, dezembro, ou no mês inteiro.
Fonte: Redação Amambai Notícias