O que aconteceu no último sábado (5) em Birmingham não foi só um show. Foi história sendo escrita ao som de guitarras pesadas, baterias pulsantes e milhares de corações batendo no mesmo ritmo. O “Back To The Beginning”, evento de despedida do lendário Black Sabbath, levou mais de 40 mil pessoas ao Villa Park e alcançou outros cinco milhões ao redor do mundo com sua transmissão ao vivo.
Com direção musical de ninguém menos que Tom Morello (Rage Against The Machine), o espetáculo foi uma verdadeira celebração do metal e da generosidade. Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward subiram ao palco juntos, num encontro emocionante e inesquecível. Para completar a noite, bandas como Metallica, Slayer, Pantera, Lamb of God e Anthrax fizeram participações especiais — transformando o evento num verdadeiro festival dos titãs.
Mas o mais bonito de tudo nem foi o barulho das guitarras… e sim o silêncio que um gesto generoso provoca. Toda a renda arrecadada, estimada em 150 milhões de dólares, será destinada a causas sociais. Entre os beneficiados estão o Birmingham Children’s Hospital, o Acorns Children’s Hospice e a Cure Parkinson’s. Segundo a equipe de Ozzy Osbourne, 100% do valor arrecadado — tanto dos ingressos presenciais quanto da transmissão — será revertido para essas instituições.
Tom Morello, que coordenou musicalmente o projeto, compartilhou nas redes o quanto a experiência foi transformadora. Após mais de um ano de trabalho intenso, ele destacou a honra de poder retribuir ao metal tudo o que ele significou em sua vida. A frase que marcou foi clara e poderosa: “Milhões de fãs celebraram juntos, e arrecadamos uma fortuna para causas incríveis.”
Rumores indicam que o valor final pode ultrapassar os 190 milhões de dólares, mas a produtora Live Nation informou que os números oficiais devem ser anunciados nas próximas semanas por Ozzy e Sharon Osbourne.
O “Back To The Beginning” foi mais do que um adeus aos palcos. Foi uma aula de como a música pode unir pessoas, quebrar barreiras e, acima de tudo, transformar vidas. Porque quando o som acaba e as luzes se apagam, o que fica mesmo é o impacto que deixamos no mundo. E nesse sábado, o metal mostrou que seu legado vai muito além do palco — ele também pulsa nos gestos que fazem diferença.
Fonte: Nádia Rocha/Redação Amambai Notícias