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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Quatro mitos e verdades sobre Parto Humanizado

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24/03/2019 10h00

Fonte: Equipe Contato Comunicação & Marketing

O parto humanizado ou humanização do parto trata-se de um direito garantido por lei e é considerado um processo no qual todas as atenções são voltadas às necessidades da gestante. É ela quem tem o controle da situação e as suas decisões são respeitadas e levadas em consideração para tornar o momento do parto em uma experiência única, saudável, instintiva, entendendo esta ação como um ato fisiológico e natural do ser humano.

A preparação para o parto humanizado começa já na escolha do obstetra que irá assistir a grávida durante os nove meses de gestação. Este profissional fará o acompanhamento do pré-natal para garantir que a mãe e o bebê estejam com a saúde perfeita para a realização de um parto com o mínimo de intervenções.

Neste processo, a mulher participa, de forma ativa, de todo o movimento fisiológico do nascimento, desde a definição da acompanhante até a liberdade para caminhar, movimentar e sentar, além da escolha sobre a melhor posição e o local onde deseja ter seu bebê. O médico apenas observa e interfere tecnicamente, se necessário.

O parto humanizado oferece inúmeros benefícios como: apoio emocional, maior percepção do momento do parto, recuperação mais rápida, uma vez que não é necessário realizar cortes e nem aplicar anestesia. Além disso, a interação entre mãe e filho é imediata, haja vista que a amamentação ocorre no local onde o nascimento aconteceu.

As mulheres que querem optar por este tipo de parto, devem buscar orientações, conversar com quem já passou por este processo e saber se é realmente isso que ela deseja, afinal, como todo nascimento, também há desconfortos naturais do processo como dores, incômodos e medo.

Embora não seja muito divulgado pelos hospitais, o Parto Humanizado é um direito adquirido por lei e apregoado pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério de Saúde. O médico ginecologista e obstetra, Dr. Alberto Guimarães, precursor do Programa “Parto Sem Medo”, esclarece alguns mitos e verdades que envolvem o procedimento:

1 – A recuperação do Parto Humanizado é melhor que os partos habituais? Verdade. A recuperação do parto humanizado é melhor do que o habitual. Em geral, não é realizada a episiotomia (técnica de corte na região do períneo para facilitar saída do bebê) e, portanto, a parturiente consegue sentar de maneira mais fácil, além de levantar e tomar banho. E ainda consegue amamentar mais rapidamente;

2 – O PH não é indicado para todas as gestantes? Mito. É indicado para todas as futuras mamães, desde que, durante o pré-natal e o acompanhamento da gestação, a mulher não tenha nenhum problema de saúde. Quando falamos em Parto Humanizado, a maioria das pessoas imagina que o método seja apenas um parto natural/normal. Uma cesariana com indicação obstétrica também pode ser humanizada, isto é, algumas práticas podem ser incorporadas no sentido de se respeitar o contato da pele entre a mãe e o neném, além de procedimentos como o corte tardio do cordão, que podem fazer toda a diferença depois do nascimento.

3- É possível uma cesárea humanizada?Verdade. Muitos dizem que um Parto Humanizado é só aquele que se faz à moda antiga. Se trabalharmos o conceito de Parto Humanizado, a cesárea, desde que seja necessária, também pode ser realizada de forma humanizada. Deixar o marido acompanhar o procedimento e retirar aquele pano que separa a paciente do bebê, por exemplo, são medidas que podem ser tomadas em uma cesárea para deixá-la mais humana possível;

4- Existem tentativas para a proibição de doulas na hora do parto. Elas podem atrapalhar o evento? Mito. Uma doula experiente torna-se “invisível” na sala de parto e garante que a mulher seja a protagonista absoluta do momento. A doula não tem nenhuma função clínica e sim, presta apoio emocional e físico à mulher;

Alberto Guimarães

Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), o médico atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”, novo modelo de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, onde a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Atuou no cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo e na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Quatro mitos e verdades sobre Parto Humanizado

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