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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Entenda como as gigantes da internet sabem tudo sobre você

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13/04/2018 13h49

“Os serviços delas são gratuitos, são quase como se fossem um pote de mel. Em troca deles, damos os dados sobre nós”, afirma Danilo Doneda.

Fonte: G1

O Facebook pode até ser a bola da vez, devido ao vazamento dos dados de 87 milhões de seus usuários, mas não é a única empresa que coleta, processa e usa em plataformas conectadas as informações de bilhões de pessoas em todo o mundo.

Ele está acompanhado de outras gigantes de tecnologia como Apple, Google, Microsoft e Twitter, que não sabem só por onde você anda, que lugares frequenta ou com quem fala. Conhecem sua opinião sobre assuntos íntimos, da política à orientação sexual. E ainda trabalham para refinar mais suas lupas tecnológicas, para conseguir, por exemplo, definir a classe social de alguém usando detalhes como qualidade do celular usado.

“Os serviços delas são gratuitos, são quase como se fossem um pote de mel. Em troca deles, damos os dados sobre nós”, afirma Danilo Doneda, professor do Instituto de Direito Público (IDP) e especialista em privacidade e proteção de dados.

Fabio Malini, professor e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cultura da Universidade Federal do Espírito Santo (LABIC/UFES), concorda com a ideia. Acrescenta, porém, que essas companhias não deixam de seguir seus usuários pelo mundo virtual quando seus aplicativo são fechados ou o celular é colocado no bolso.

“Todo e qualquer movimento das pessoas deixa rastros digitais, desde o que acessa em um site de notícias até que tipo de gosto ela tem por algum produto.”

Os especialistas consultados pelo G1 classificaram as informações usadas por essas empresas em três categorias:

  • Cedidas pelo usuário;

  • Coletadas a partir do que o usuário faz em serviços conectados;

  • Inferidas a partir das informações disponíveis.

O que você diz a seu respeito?

Ao criar uma conta em algumas das plataformas de grandes empresas, seja no Facebook ou no Twitter, qualquer pessoa cede informações corriqueiras sobre si, como nome, endereço de e-mail, endereço residencial, número de telefone. Em alguns casos, cedem também o número do cartão de crédito.

“Quanto a isso há um certo nível de transparência”, diz Doneda. Só que a coleta de dados não para por aí. Compreende ainda as informações tiradas dos aparelhos usados para navegar nesses serviços.

O que seu celular diz sobre você?

Todas essas empresas conseguem identificar onde uma pessoa está, usando sensores dos aparelhos, como o GPS, ou combinando uma série de recursos, como conexão via Bluetooth, o endereço IP do dispositivo e até conexões a redes de Wi-Fi ou a torres de celular. Sabem ainda o modelo de smartphone, computador ou TV usados, se os sistemas operacionais já foram atualizados e até a qualidade da rede móvel.

O objetivo aqui, dizem as companhias, é permitir que algumas funções operem. “Poderemos utilizar e armazenar informações sobre a sua localização para fornecer funcionalidades dos nossos serviços, tais como permitir a você tuitar com a sua localização”, exemplifica o Twitter.

Aquelas que possuem plataformas mais abrangentes, como sistemas operacionais, exercem essa coleta de forma mais ampla. O Google, dono de Android (celulares e tablets) e ChromebookOS (computadores), sabe para quem você liga, a que horas foi e quanto durou a chamada. O mesmo vale para os envios de SMS. O Facebook também guardas essas informações, desde que chamadas e SMS tenham partido de seus aplicativos.

A Apple, dona do iOS (celulares e tablets), WatchOS (relógio) e MacOS (computadores), não deixa claro se faz isso, mas diz que se houver “consentimento explícito” pode “coletar dados sobre como você usa seu dispositivo e os aplicativos”. As duas, assim como a Microsoft, dona do Windows e do Office, sabem quais compromissos foram agendados pelas pessoas.

O que suas ações dizem sobre você?

Essas empresas também criam uma ideia sobre as pessoas analisando como se comportam em suas ferramentas.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, durante visita a parlamentares na véspera de audiências no Senado e na Câmara dos EUA. (Foto: Leah Millis/Reuters)

Twitter Places terá suporte para todos os browsers. (Foto: Divulgação)

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