22/09/2018 22h07
Dois militares presos na Operação Oiketikis tiveram mandado de prisão expedido
Fonte: Clayton Neves/Midiamax
Ao todo 11 policiais foram presos durante a ‘Operação Nepsis’, que desarticulou grupo criminoso especializado no contrabando de cigarros do Paraguai. Um dos mandados de prisão expedidos não foi cumprido porque o suspeito, um policial rodoviário federal, não foi encontrado em Mato Grosso do Sul. Mandado de prisão também foi expedido contra dois policiais militares, no entanto, a dupla já estava presa em decorrência da Operação Oiketikus.
De acordo além dos quatro PRFs presos, foram cumpridas ordens de prisão contra dois policiais civis e quatro policiais militares, inclusive os dois que já estavam presos durante a operação que também investigou esquema que facilitava a entrada de cigarros contrabandeados no Estado mediante o pagamento de propina. A identidade dos suspeitos não foi divulgada pela polícia.
Investigação aponta que no esquema, os policiais tinham a função de fazer ‘vista grossa’ e autorizar a passagem dos produtos ilegais. Eles também tentavam influenciar outros policiais para que também aderissem ao grupo criminoso.
Ainda segundo a polícia, o grupo criminoso atuava com “estrutura logística sofisticada” e mediante corrupção de agentes públicos,aliando-se, inclusive, com grandes traficantes, o que gerou o termo “aliança narcocigarreira”.
As investigações começaram depois que denúncias anônimas evidenciaram a participação ativa dos policiais na quadrilha. Além de cargas de cigarros, dinheiro foi apreendido durante a operação, no entanto, os valores não foram divulgados. O que se sabe é que em uma das casas vistorias foram encontrados R$ 250 mil.
Operação
Com o objetivo de desarticular organização criminosa de grande porte especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial que facilita o contrabando, a Polícia Federal deflagrou neste sábado (22), a “Operação Nepsis” em cinco Estados, sendo eles: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.
Só em 2017, acredita-se que os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 (mil e duzentas) carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os valores em mercadorias contrabandeadas atingem cifras superiores a R$ 1,5 bilhão (um bilhão e meio de reais).
Foram apreendidas grande quantidade em dinheiro em resort, casas, e apreendidos carros e embarcações de luxo, além de armamento pesado e cargas de cigarros contrabandeados. A quantidade de dinheiro apreendido ainda não foi divulgada.
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