15/08/2017 09h40
Michel Temer, apesar de ter torrado bilhões de reais com a compra de deputados para escapar do processo da PGR, promoveu um corte significativo de recursos nas Forças Armadas; o contingenciamento foi tanto que, agora, falta dinheiro para concluir um sistema de monitoramento, lançado no governo de Dilma Rousseff, que protegeria as fronteiras, dificultando entrada ilegal de armas e drogas no País; com Temer, o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), recebeu menos R$ 166 milhões do total de R$ 427 milhões previstos em 2017; hoje, o sistema só cobre 600 km de uma faixa de 17 mil km de fronteira
Fonte: Brasil247
A falta de recursos para as Forças Armadas interrompeu a implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que auxilia na fiscalização da entrada ilegal de armas e drogas no País. Criado em 2012 e previsto para ser concluído em dez anos, o Sisfron só cobriu até agora 600 quilômetros de uma faixa de 17 mil km de fronteiras. O prazo de conclusão foi adiado para 2040.
De acordo com dados das Forças, o sistema teve contingenciados R$ 166 milhões dos R$ 427 milhões que o Exército colocou como previsão na Lei Orçamentária deste ano.
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica registraram um contingenciamento de 40% neste ano, sem contar alimentação, salário e saúde dos militares. De acordo com o comando das Forças Armadas, existe um risco de “colapso” e os recursos só serão suficientes para cobrir os gastos até setembro.
Oficiais-generais ouvidos pelo Estado afirmaram que o País gasta mais com deslocamentos de agentes para ações de segurança nas metrópoles. Um dia de operação de um batalhão do Exército no Rio, por exemplo, custa R$ 1 milhão. O Planalto escolheu o Rio como vitrine de sua proposta de combate à violência em todo o País. A avaliação de um desses generais é de que cortar recursos do Sisfron e gastar em deslocamentos não ajudam a solucionar a violência.
Fronteira norte. Além do Sisfron, a série de contingenciamentos no orçamento das Forças Armadas tem provocado impacto também no trabalho de reconhecimento nas fronteiras da Amazônia. O Exército enfrenta dificuldades de compra de combustível para que os militares possam se deslocar pelas áreas de fronteiras.
As informações são de reportagem de Tânia Monteiro e Leonencio Nossa no Estado de S.Paulo.
![Temer corta recursos e deixa fronteiras brasileiras desprotegidas Foto: Divulgação](https://www.amambainoticias.com.br/wp-content/uploads/media/images/784/115472/5992fe6dc3ea563fdfe80a0d6fa6a9c9582f84367ed43.png)